Nos últimos anos, devido ao grande número de ouvintes de podcast no Brasil, outro formato que virou tendência entre os consumidores de áudio e vídeo, foi o videocast. E apesar de ambos carregarem uma audiência consolidada nas costas, a pergunta que fica é: qual a diferença entre os dois?
Muitas pessoas, apesar de consumir os dois formatos, não conseguem enxergar essa diferença entre os programas. Afinal, um tem imagem e outro não, o que pode mudar tanto assim? A verdade é que eles podem até servir como complemento para o outro, mas, na prática, são totalmente diferentes.
Podcast
Muitas vezes comparado a um programa de rádio, o podcast é um arquivo gravado, apenas, em áudio, que pode ser inserido em diversos gêneros e diferentes formatos: informativo, documental, entrevista, poético, entre outros. E com essa diversidade, possui também, uma infinidade de abordagens que podem ser direcionada para milhares de nichos. Uma característica que o mantém a frente de qualquer outro veículo de comunicação.
Outra característica única do podcast é a sua versatilidade. Isso é, a capacidade de se locomover e estar em todos os lugares — uma particularidade que herdou do rádio e fez com o que o formato se popularizasse de forma rápida. Seja no carro, nos estudos ou até mesmo nas tarefas diárias, todos podem consumir podcast sem precisar parar o que está fazendo.
O podcast é uma janela aberta para criação
Diferentemente do videocast, o formato apenas em áudio, possui uma infinidade de formatos em variados tipos de nicho. O que atrai interesse, tanto de produtores, quanto de ouvintes. Afinal, é possível falar sobre tudo e encontrar conteúdos segmentados que possuem uma longa duração sem precisar fazer grandes esforços ou pagar um valor adicional. E tudo isso é disponibilizado de forma rápida e prática. Uma particularidade que dificilmente é encontrado em outros canais.
Agregadores de podcast
Um dos fatores principais que mais facilita a difusão do podcast na internet é a sua capacidade de hospedagem e compartilhamento. Hoje, por exemplo, existem variados tipos de agregadores, pagos e gratuitos, que podem ser escolhidos de acordo com a preferência do ouvinte. Ele pode ouvir online, no próprio agregador ou fazer o download e escutar off-line posteriormente.
Listamos abaixo, alguns dos principais agregadores de podcast:
Videocast
Como dito anteriormente, o conceito de videocast ainda causa muita confusão. Por ser um formato ainda em desenvolvimento, é comum que as diferenças ainda não tenha ficado tão claro para quem consome. Entretanto, na prática, a diferença é que, nos programas de videocast, são transmitidas as imagens das gravações e simultaneamente, o áudio captado dessa gravação é aproveitado e transformado em um programa de podcast (com somente o áudio).
Mas qual a diferença?
Apesar de parecer obvia, não é. O videocast pode ser considerado um podcast com imagem e nada mais. Porém, a abordagem nunca será a mesma de um podcast (apenas com áudio).
Vale lembrar que o videocast nasceu em meio a pandemia, em um momento onde todos estavam com a atenção voltadas para as lives e para os conteúdos audiovisuais. E o videocast é visual, é aparência. É um canal que permite que os ouvintes observem o entrevistado e o host do programa. O que por sua vez, causa interesse e provoca curiosidade no público.
Plataforma Completa de Clipping + Curadoria de conteúdos
Monitoramento de noticias em todas as mídias; centimetragem, analise de sentimento e clipping retroativo; Atendimento e curadoria personalizada. Tudo o que você precisa em um único lugar
Por outro lado, isso não acontece nos podcasts. Muito pelo contrário. A imaginação é um aspecto importante para o consumo do formato. Exige muito mais interpretação e habilidade de escuta. É preciso decifrar o áudio e mergulhar no conteúdo sem ter nenhuma imagem da entrevista ou da gravação.
E uma das maiores diferenças, além da produção, está na variedade dos conteúdos. O videocast tem uma particularidade que o podcast não tem: ele sempre apresentará um conteúdo em formato de entrevistas e bate-papo, com um ou dois apresentadores e os convidados. Dificilmente irá mudar seu enfoque ou abordar assuntos variados apenas com os apresentadores. Se isto acontecer, deixará de ser um videocast.
Onde compartilhar meu videocast?
Por conter áudio e imagem, plataformas como: YouTube, Twitch e Vimeo são os lugares mais procurados para servir como hospedagem. É válido lembrar também que, quando a gravação do videocast é transmitida ao vivo pela internet, ganha o nome de webcast — um modelo que ganhou muita força, graças a possibilidade de monetização via superchat, ao vivo.
No Brasil, existem diversos canais que exemplificam muito bem o sucesso das transmissões ao vivo de videocast. O podcast Pohpah, apresentado por Igor Cavalari (Igão) e Thiago Marques (Mítico), por exemplo, registraram a marca record de 336 mil visualizações simultâneas na entrevista com o rapper Mano Brown.
Afinal, em qual investir? Podcast ou Videocast?
A verdade é que não existe uma resposta certa ou errada. Isso vai depender muito do projeto montado e do retorno desejado pela empresa ou assessorado. Os dois formatos, quando bem produzidos, entregam na mesma intensidade.
Em uma recente pesquisa realizada pelo Comunique-se “O mercado de podcasts no Brasil”, dos profissionais que participaram da pesquisa e responderam que trabalham com o formato, 61,4% trabalham com podcast (arquivo apenas em áudio), 19% com videocast (imagem e áudio) e 19,20% com os dois formatos. Ou seja, são opções bem vistas no mercado, mas que possuem diferentes abordagens.
Ainda segundo a pesquisa, para 81,4% dos respondentes, o principal retorno do investimento em podcast é o fortalecimento de marca. Uma característica própria e marcante do formato.